A segurança contra explosões é essencial para empresas de todos os setores, considerando que muitas substâncias perigosas frequentemente manipuladas têm alto potencial explosivo. Desde lacas e solventes até partículas sólidas em suspensão, é fundamental tomar as medidas adequadas durante a produção, transporte e armazenamento desses materiais para proteger tanto os trabalhadores quanto as instalações. Descubra tudo sobre proteção ATEX: as diretivas ATEX, os princípio básicos, as medidas de proteção e a classificação das zonas ATEX. No vídeo apresentado, a nossa especialista em armazenamento de produtos perigosos responde às perguntas mais frequentes sobre o tema.
Quais são as principais fontes de acidentes nas áreas ATEX? Quais são os regulamentos e obrigações que as empresas devem seguir? Como identificar corretamente as zonas ATEX? Nesta entrevista, Marta Mendoza, a nossa especialista ATEX em DENIOS Espanha, responde a estas e outras perguntas frequentes. Assista ao vídeo (em espanhol) ou leia a entrevista completa aqui.
A principal pergunta que recebemos dos nossos clientes é: por onde devo começar? A análise das zonas ATEX e a gestão dos seus riscos são tarefas complexas, e é comum que os técnicos sintam algum "medo" ou receio ao lidar com esse tema. Uma das nossas funções mais importantes é ajudar a dissipar esse medo, permitindo que as pessoas implementem medidas de controlo eficazes nas suas empresas.
Quando falamos de explosões, não estamos a tratar de pequenos acidentes, como um corte com uma faca. Uma explosão pode ter consequências extremamente graves e, em alguns casos, pode ser fatal. Por isso, muitos técnicos hesitam em tomar decisões rápidas ou em implementar medidas necessárias, o que representa um risco significativo. É crucial mostrar-lhes que podem contar com especialistas para orientá-los e que existem regulamentos e diretrizes claras que facilitam a tomada das decisões corretas.
Para que ocorra uma explosão, três elementos precisam estar presentes ao mesmo tempo: oxigénio, uma substância inflamável e uma fonte de ignição. Se uma faísca surge numa área onde há uma mistura adequada de oxigénio e substância inflamável (seja na forma de gás ou pó), ocorre uma explosão.
A proporção dessa mistura é crucial. Se houver muito oxigénio e pouca substância inflamável, a concentração da substância não é suficiente para provocar uma explosão. Por outro lado, se a atmosfera estiver saturada de substância inflamável e houver pouco oxigénio, a explosão também não ocorrerá. Estes são conhecidos como limite inferior e superior de inflamabilidade.
Cada substância possui um limite de inflamabilidade específico. Compreender e controlar essa taxa de mistura é uma estratégia eficaz para prevenir explosões, já que tanto o excesso de oxigénio quanto a supersaturação de substância inflamável podem evitar que a explosão aconteça.
Existem duas vertentes de regulamentos relacionadas. Aquele que afeta o equipamento usado nas zonas ATEX e aquele que afeta a determinação das zonas ATEX nas zonas de trabalho.
Primeiro, analisaremos a nossa perspectiva, a do fabricante e do distribuidor.
A Diretiva de Produtos ATEX 2014/34 /UE aplica-se à fabricação e distribuição de equipamentos ATEX. Esta diretiva europeia é posteriormente transposta para as regulamentações locais de cada país membro da UE. Esta diretiva indica como criar e desenvolver produtos para zonas ATEX. Os requisitos desta diretiva devem ser levados em consideração em todas as etapas do desenvolvimento do produto, desde os primeiros esboços. Nesta fase já analisamos com o nosso product manager e o departamento comercial se esse novo produto deve estar em conformidade com os padrões da ATEX. Deste modo, a nossa equipa de design tem os seus objetivos e especificações do produto claramente definidos.
Uma vez concluída a fase de projeto, realizamos uma análise essencial: uma análise das fontes de ignição. Isso significa que verificamos, sistematicamente, possível presença de uma fonte de ignição em qualquer um dos elementos do nosso produto. Este análise serve para assegurar de que o produto não produzirá faíscas e, portanto, podemos marcá-lo como equipamento ATEX.
É também fundamental analizar as coisas do ponto de vista do cliente, ou seja, do lado da empresa que trabalha com produtos inflamáveis. Nesse caso, a Diretiva de empresa ATEX 1999/92/CE aplica-se. O usuário é obrigado a preparar um documento de proteção contra explosão que, entre outras coisas, contenha uma avaliação de risco na área em que o produto é utilizado, levando em consideração as operações da área estudada, quem está nessa área e que formação esses trabalhadores possuem. O usuário elabora o documento de proteção contra explosão, define a classificação das zonas ATEX e, com base nisso, estabelece as medidas técnicas a serem implementadas para evitar o risco.
Devemos seguir 3 passos:
O primeiro passo consite em ter cuidado para não criar uma atmosfera com potencial explosivo. Controle a mistura entre oxigênio e substância inflamável para impedir a ocorrência de uma explosão. Este passo é, muitas vezes, o mais difícil: os produtos perigosos armazenam-se por necessidade de utilização e por isso a sua presença no ambiente é inevitável formando-se automaticamente uma atmosfera potencialmente explosiva. A tendência é, portanto, influenciar a concentração da mistura. Uma medida muito comum é recorrer à ventilação adequada das instalações. Nos nossos contentores modulares, por exemplo, instalamos ventilação forçada para esse fim.
O segundo passo seria impedir a ocorrência de uma fonte de ignição. Se uma fonte de ignição não existe numa atmosfera com potencial explosivo, o risco desaparece.
E se isso não funcionar, passamos ao terceiro passo que consiste em limitando a explosão a um nível seguro ou de baixo risco. Uma medida técnica que pode ser implementada, por exemplo, é a despressurização.
Vamos dar um exemplo:
Imagine um contentor modular para produtos líquidos inflamáveis, que contém uma atmosfera potencialmente explosiva. Nesses casos, podemos instalar dispositivos de descompressão nos nossos contentores, por meio dos quais garantimos que a pressão, no caso de uma explosão, vá numa determinada direção. Esses dispositivos de descompressão são instalados no teto de contentores modulares, onde normalmente não podem afetar as pessoas nas proximidades. Se esses dispositivos não foram instalados, é provável que o ponto mais fraco no espaço tenha sido a porta. Se uma explosão abrisse a porta repentinamente, seria um grande perigo para as pessoas que poderiam estar na frente dela, uma vez que ela poderia ser projetada. Os dispositivos de descompressão de emergência podem revelar-se um recurso de segurança vital.
Em resumo, deverá sempre agir nos três aspectos discutidos:
Primeiro, tente impedir a formação de uma atmosfera potencialmente explosiva.
Segundo, evite fontes de ignição.
E terceiro, se realmente não há como fazer os pontos um ou dois, tudo o que precisa fazer é reduzir ou limitar a explosão a um nível seguro.
No âmbito ATEX, a definição das zonas desempenha um papel importante. De acordo com a Diretiva do local de trabalho ATEX, é feita uma distinção entre três zonas ATEX classificadas da seguinte forma. A zona 0 corresponde à origem da substância perigosa, onde é produzida a atmosfera com potencial explosivo. A zona 1 é o ambiente imediato, y a zona 2 seria o ambiente mais distante. Ao estudar áreas classificadas, o fator tempo também deve ser levado em consideração. Ou seja, quão comum é que exista produto inflamável nesse local.
Imagine um recpiente com um certo nível de líquido inflamável. A zona 0 estaria dentro do recipiente, logo acima do líquido, na área onde são gerados os primeiros vapores do produto inflamável contido no recipiente. Podemos dizer que neste local existe sempre ou quase sempre uma atmosfera potencialmente explosiva. Na Zona 1, um pouco mais longe, dizemos que em condições normais uma atmosfera com potencial explosivo pode ocasionalmente existir, e enfatizamos "condições normais", porque pode haver falhas que merecem uma avaliação separada. A zona 2 é a zona mais distante da origem dos vapores. É uma área em que uma atmosfera com potencial explosivo raramente é produzida em condições normais e, se ocorrer, geralmente desaparece imediatamente.
Antes de adquirir ou instalar um equipamento em uma zona ATEX, é essencial determinar se ele precisa ser marcado como ATEX. Embora exista uma marcação específica para produtos ATEX, nem todos os produtos necessitam dessa identificação.
Muitos usuários acreditam que apenas produtos rotulados como ATEX podem ser utilizados em áreas ATEX, mas isso não é verdade. A marcação é obrigatória apenas para produtos que se enquadram nas diretrizes ATEX, ou seja, aqueles que possuem uma potencial fonte de ignição que poderia se transformar em uma fonte real de explosão. Se o produto não possui qualquer fonte de ignição em potencial, ele pode ser usado em uma zona ATEX sem risco e, portanto, não necessita de marcação ATEX.
A classificação das zonas ATEX (zona 0, zona 1 e zona 2) é importante porque cada uma delas requer diferentes tipos de produtos, dependendo do nível de risco. Nem todos os produtos são projetados para operar em áreas de maior risco, o que gera confusão, pois os usuários frequentemente procuram a marcação ATEX em todos os produtos, quando nem sempre é necessária.
Em resumo, em uma zona ATEX, podem ser usados:
Produtos devidamente classificados para o tipo de zona em questão.
Produtos sem marcação ATEX, desde que não possuam fontes de ignição e, portanto, não representem risco de explosão.
Ao adquirir novos equipamentos, é crucial que haja uma comunicação clara entre o fabricante/distribuidor e o usuário. O usuário conhece as condições específicas de uso do produto, e o fabricante pode aconselhar sobre os produtos mais adequados para cada situação.
No catálogo da DENIOS, pode encontrar uma ampla gama de produtos de proteção ATEX que o ajudam a resolver todas as suas necessidades. Entre outros, encontrará mais de 2.000 produtos para uso nas zonas ATEX para atender aos requisitos das três zonas de proteção contra explosão.
Oferecemos:
Soluções de ventilação ou extração para a eliminação de atmosferas nocivas, impedindo a formação de uma atmosfera potencialmente explosiva.
Grampos de aterramento com proteção ATEX.
E se a sua avaliação ATEX não impedir uma atmosfera potencialmente explosiva ou dispensar todas as fontes possíveis de ignição, podemos oferecer recipientes de armazenamento com superfícies de alívio de pressão para reduzir as explosões a um nível seguro.
A nossa equipa de especialistas terá todo o prazer em encontrar a solução ideal para as suas necessidades.
As ferramentas de aço comuns podem produzir faíscas quando se tocam ou se a ferramenta cair ao chão. As ferramentas anit-faíscas da DENIOS são feitas de ligas especiais de cobre mais macio do que o material das ferramentas normais, minimizando o risco de faíscas. Por esse motivo, são aprovadas para uso em áreas onde o produção de faíscas representa um perigo (ATEX).
É importante recordar que o uso de ferramentas anti-faíscas não é suficiente para proteger áreas com risco de incêndio ou explosão. Devem ser tomadas medidas adicionais, tais como aterramento do equipamento, ventilação ,etc.
Os requisitos comerciais, legais e de seguradora determinam a necessidade de mecanismos de segurança para sistemas de armazenamento seguro, como os armazéns/modulares DENIOS para produtos químicos perigosos. Baseado na avaliação de zonas ATEX e análise das necessidades específicas, projetamos armazéns ideais para proteger sua empresa contra explosões.
Em áreas ATEX, oferecemos armazéns modulares equipados com proteções diversas, como conexões de aterramento e dispositivos de descompressão de emergência instalados no teto, garantindo segurança em caso de explosões, sem comprometer a resistência ao fogo.
Aqui encontrará a resposta para perguntas mais frequentes sobre proteção contra explosão.
A proteção Ex refere-se ao conjunto de medidas e tecnologias utilizadas para evitar a ocorrência de explosões em áreas onde há presença de atmosferas potencialmente explosivas. Essas medidas incluem o uso de equipamentos adequados e a implementação de procedimentos de segurança para prevenir fontes de ignição, como faíscas ou calor excessivo, que poderiam iniciar uma explosão.
De acordo com as diretrizes ATEX, as zonas de proteção contra explosão, também conhecidas como áreas perigosas, são divididas em três categorias (zonas ATEX): zonas de proteção contra explosão 0, 1 e 2. Esta classificação determina o risco de uma explosão ocorrer numa área específica, com base na frequência e duração da presença de atmosferas explosivas.
Zona 0: Área onde uma atmosfera explosiva está presente continuamente ou por longos períodos.
Zona 1: Área onde a atmosfera explosiva é provável de ocorrer em condições normais de operação.
Zona 2: Área onde a atmosfera explosiva é improvável de ocorrer, e, se ocorrer, será por um curto período.
Sim, a clasificação é obrigatória em áreas onde existem riscos de explosão. Este processo permite identificar e classificar as áreas de risco, o que é fundamental para implementar medidas de proteção eficazes e para garantir a conformidade com o artigo 7 da Diretiva ATEX 1999/92/CE.
A proteção contra explosões é regulada na União Europeia pelas Diretivas ATEX. Especificamente, a Diretiva 2014/34/UE regula os requisitos para equipamentos e sistemas de proteção utilizados em atmosferas potencialmente explosivas, e a Diretiva 1999/92/CE estabelece os requisitos mínimos para a proteção dos trabalhadores que operam em áreas com risco de explosão.
Um documento de proteção contra explosões (DPE) é necessário sempre que uma empresa opera em áreas onde há risco de atmosferas explosivas. Este documento é exigido pela legislação para assegurar que todos os riscos foram identificados, avaliados e que medidas adequadas foram implementadas para prevenir explosões.
Proteção primária: Refere-se às medidas tomadas para evitar a formação de atmosferas explosivas. Isso pode incluir controle de fontes de ignição e gestão de materiais inflamáveis.
Proteção secundária: Refere-se às medidas para evitar a ignição de atmosferas explosivas, caso elas se formem. Isso pode incluir o uso de equipamentos à prova de explosão e procedimentos de segurança para minimizar os riscos.
O documento de proteção contra explosões deve conter as seguintes informações:
Descrição geral do establecimento
Identificação e avaliação dos riscos de explosão nas áreas de trabalho.
Classificação das zonas Ex dentro das instalações.
Identificação de potenciais fontes de ignição
Medidas de proteção adotadas para eliminar ou reduzir os riscos.
Procedimentos de manutenção e monitoramento para garantir a segurança contínua.
Formação e instrução dos trabalhadores sobre os riscos e as medidas de proteção implementadas.
A proteção contra explosões é fundamental em todas as indústrias, dado que as substâncias perigosas têm um elevado potencial de risco. É crucial superar o receio associado a este tema e adotar uma abordagem proativa no cumprimento das diretrizes e na implementação de medidas de segurança para proteger colaboradores e instalações. A classificação correta das zonas Ex, o cumprimento das diretivas aplicáveis e a escolha adequada de produtos são elementos essenciais para uma proteção eficaz. A segurança pode ser significativamente melhorada através de medidas preventivas, como o controlo das proporções de mistura, a eliminação de fontes de ignição e o uso de técnicas de contenção de explosões.
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